A dinâmica no ramo empresarial vem passando por transformações expressivas nas relações de valor e confiança entre colaborador e instituição. O turnover nas empresas faz parte da gama de assuntos a serem repensados nesse sentido.
A verdade é que a realidade composta por funcionários que permanecem por longos anos em uma mesma organização está em constante mudança. Hoje, quem ingressa no mercado de trabalho chega com uma forte carga enérgica e pouco apego à estabilidade.
No fim das contas, esse comportamento traz pontos positivos e negativos para ambas as partes. Se por um lado, há uma contribuição para a inovação, por outro, há custos maiores. Vamos entender melhor essa relação?
O que é o turnover nas empresas e quais são suas principais causas?
De todo geral, o turnover representa a alta rotatividade de empregados em uma empresa. Quando um funcionário é admitido e outro é desligado de maneira sucessiva, temos um turnover.
Existem diversos fatores que podem contribuir para o aumento dessa taxa. Dentre eles, podemos citar:
- insatisfação do funcionário com o trabalho;
- inadequação ao perfil da vaga;
- dificuldades na gestão de pessoas;
- aquecimento no mercado de trabalho;
- clima organizacional ruim;
- más condições de trabalho;
- experiência insuficiente.
Agora, vamos entender a importância da análise desse índice para depois perceber melhor de que forma o turnover nas empresas pode ser vantajoso ou desvantajoso. Continue acompanhando.
Por que o turnover é importante?
Interpretar a taxa de giro de funcionários é uma prática imprescindível para mapear os processos relativos à gestão de pessoas em qualquer empresa.
Se você se importa em determinar políticas de recursos humanos, precisa entender como está o nível de entras e saídas de funcionários em sua organização.
É equilibrado? Muitas saídas? Por que? O que as pessoas estão atestando ao irem embora? A empresa está demitindo ou os funcionários estão pedindo baixa? Essa análise é extremamente relevante, pois vai ajudar desde a elaboração de treinamentos até programas de retenção de talentos.
Quando uma empresa tem um alto índice de turnover, os sinais de alerta precisam estar ligados. Afinal de contas, é muito fácil ver o nível de produtividade despencar nesse tipo de quadro, e junto com ele se vão os lucros e faturamento.
Duas situações são responsáveis por movimentar o turnover em uma empresa: quando o empregado decide pedir demissão e quando ele é demitido. Como consequência, um novo processo de recrutamento precisa ser iniciado, assim como o treinamento e as movimentações financeiras com rescisão contratual.
É com base na análise dessas reações inevitáveis dentro da instituição que vamos desenvolver a discussão no próximo tópico. Será que o turnover nas empresas pode ser saudável para ela mesma?
Turnover nas empresas: vantajoso ou não?
Do ponto de vista vantajoso
Nem é preciso passar muito tempo dizendo o quanto é difícil encontrar o colaborador ideal. O país está enfrentando sérias dificuldades com as taxas de desemprego e a competitividade é altíssima, junto com a crescente busca por níveis mais rebuscados de profissionalização.
O colaborador ideal não é mais aquele que não tem a “carteira de trabalho manchada” (já que passou por poucas empresas e ficou nelas durante longos anos), mas o que entrega ótimos resultados.
É nesse ritmo acelerado e exigente que o mercado se transforma, passando a trabalhar com a ideia de que ninguém é insubstituível.
Existe uma vertente que demonstra a vantagem com a renovação de funcionários, e ela começa a fazer cada vez mais sentido para as organizações que valorizam as pessoas que demonstram maior vontade de evoluir, crescer e se superar.
Não ter vícios de outras empresas também passou a ser apreciado por diversos tipos de gestão com foco na inovação e na estratégia.
A verdade é que, independentemente do estilo da empresa, o turnover interno sempre ocorrerá. Para se refletir de forma vantajosa, é preciso que ele esteja alinhado com as estratégias e com o planejamento traçado pelo departamento de recursos humanos.
Dependendo da tática, é possível que esse fenômeno organizacional deixe de ter um efeito negativo, assumindo um papel positivo dentro da corporação.
A troca de funcionários não precisa ser vista necessariamente como algo ruim. Tudo vai depender da maneira como isso acontece. É intencional? Como se encaixa no perfil da empresa? Como pode ajudar com que os objetivos sejam atingidos?
De acordo com as respostas, a colheita pode ser positiva. Porém, sem planejamento, o turnover só vai elevar os custos e trazer uma série de problemas, como veremos a seguir.
Do ponto de vista desvantajoso
Em primeiro lugar, um alto turnover pode comprometer as finanças de uma empresa de forma gravíssima. Os dispêndios relativos aos processos de demissão e desligamento podem impedir que a empresa lucre, colocando toda a estrutura em risco.
Há ainda um custo que pode se revelar terrivelmente crítico e tem a ver com a dificuldade de preenchimento das vagas. Trata-se de uma corrente de problemas onde uma chama a outra.
Afinal, um posto sem cobertura requer que um funcionário seja desviado em sua função, gerando não apenas insatisfação, mas também a possibilidade de um erro condenado em caráter legislativo e, muito provavelmente, perdas nos níveis de produtividade.
Treinar um funcionário novo exige tempo e esforços com o próprio treinamento. Tudo isso toca sempre no lado financeiro e na otimização dos processos.
Quando os colaboradores de uma empresa começam a ficar sobrecarregados com o acúmulo de funções, a improdutividade passa a ser uma realidade. O tempo começa a ser uma barreira e as pessoas passam a não conseguir lidar com as próprias atividades com a mesma qualidade e ritmo.
Com tudo isso, há ainda um malefício que pode ser, finalmente, mais prejudicial do que todos os outros: o comprometimento da imagem da empresa. Quando o turnover é desenfreado e não tem nada a ver com as estratégias da empresa, a reputação da marca pode ser atingida, impactando negativamente nos resultados.
Como consequência, uma má imagem diante do mercado só tende a gerar perca em competitividade e desinteresse do cliente pelo serviço prestado ou produto final, e certamente não é isso que você quer.
Esperamos que nosso artigo tenha ajudado você a entender que o turnover não pode ser simplesmente reduzido a vantajoso ou não. Com base no perfil comportamental do quadro atual, do mercado externo, dos objetivos do RH e das metas do negócio, será possível avaliar em que níveis esse fenômeno passa a ser saudável.
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